quarta-feira, 9 de março de 2011

Construindo um puxadinho

Buenas, na verdade, não bem um puxadinho, porque é independente da casa da frente, mas é uma "obrinha" no fundo do terreno. E, pelo que vi, não importa o tamanho da obra que construimos, importa mesmo é o que ela significa e, para meu marido e eu, é a mansão dos nossos sonhos, porque é onde iremos morar até que consigamos melhorar as coisas e comprar  "A casa".
Adianto o seguinte: é como namoro (um "ficar") de adolescente. Existe aquela euforia, aquele desejo de ver as coisas acontecerem, mas uma certeza de que as condições pessoais são limitadas. De qualquer modo, ao passar por isso, qualquer adolescente sabe que sua vida nunca mais será a mesma.
Com um espaço pequeno, os poucos reais são suficientes, ao menos para começar e assim é que as coisas estão indo. Por falar nisso, agora que me liguei que terei que fazer umas fotos...
Meu marido é técnico em manutenção predial, com ênfase em elétrica e hidráulica. Eu sou uma curiosa que não suporto a idéia de depender de alguém e ficar na necessidade, assim, aprendo tudo o que posso. Nossa construção conta com esse "meio caminho andado". O próximo passo era o desenho do que tínhamos em mente, a planta. E, em verdade, foi uma chateação e um "engasga gato" entre meu marido e eu, pois o acordo que é bom, estava loooonge, longe. Enfim, cada projeto (quanta presunção!) que eu fazia era criticado e isso foi me irritando, como diz na Bíblia: sobremaneira.... Eu queria ter logo algo no que imaginar a decoração possível, enquanto que a outra parte interessada só criticava. Larguei de mão o desenho e deixei aos cuidados dele. No final, ao escolhermos o pedreiro que faria, vimos que o tal projeto seria uma junção das idéias dos 3: ele, o pedreiro e eu. O projeto do pedreiro era um ovo... de codorna ¬¬, o dele era um ovo de garnizé e o meu pitaco final correspondia a um ovo de galinha, mas com duas gemas! :)
Aí veio a parte da encomenda do material e lembrei de um post que tinha lido em um blog de construção, onde falava que ao planejar uma obra, compensava planejar o gasto com um arquiteto, para evitar desperdício de material. Quando o pedreiro listou a quantidade de material necessário, desejei intimamente  que não sobrasse nada, visto que a dupla que morará na casinha não tem centavos sobrando, quanto mais outras quantias. Enfim, sobrou cerca de 60 pedras de alicerce, talvez até mais. Cada uma a R$ 2,20. Levando em conta que o pedreiro usou umas 10 pedras que já tinha no pátio, ainda ficariam 50 pedras... Cento e vinte reais que poderiam ser usados em outra coisa. Ah, que dor no peito...
Com sutileza deixei claro que isso não deveria acontecer e ele sugeriu outro uso para as pedras, mas é coisa que não planejávamos tão cedo e um dinheirinho que faz falta sim.  Mas, "não tá morto quem peleia", chorei minhas mágoas com a atendente da madeireira e ela, muito simpática que é, me aliviou dizendo: Não se preocupe que mando recolher o excedente de pedras e vocês podem usar esse dinheiro em outros materais. Aí eu fiquei feliz! E, até pensei em compartilhar essa informação nova para mim em um blog que eu fiquei de criar há um tempão. Agora estou cumprindo com o que achava que devia: difundi a informação de que é possível devolver material para a madeireira!

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